terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dia 18 - Arroz de couve, Raki e Rakomelo!

Chegámos a faculdade moderadamente atrasados. Felizmente só começamos pelas 11. Como era o Synnetos a dar a primeira aula, só começámos às 11.30. Fomos almoçar arroz de couve ou então arroz embrulhado em couve, felizmente havia salada a potes. Seguimos então para uma seca de 2 horas de Quality Management. Definições a disparar em todas as direcções, e o pessoal a apanhar todo do ar. Felizmente a aula acabou mais cedo, senão acho que morríamos todos ali dentro.

Eu e o Aleks fomos depois da aula ao departamento de medicina, porque ele tinha um problema no carro e estava lá um gajo que o podia ajudar. Chegamos ao departamento, ele abre a porta do passageiro e tira de lá o banco do passageiro e transporta-o no ombro por dois andares. Todos os gregos a olharem para ele a pensar: "Mas ele está a trabalhar depois das 12?? " Infelizmente o seu conhecimento pouco ou nada podia fazer pelo que fomos dar uma volta ao ginásio. Dei apenas duas voltas ao campo de futebol para aquecer e ia cuspindo os pulmões... dasse! Que aquilo é grande! Fui para a "casa das máquinas" e lá estava a brigada anabólica a malhar no ferro. Aquele ginásio tem pinta de ser completamente underground. Máquinas algo velhas, a precisarem de óleo, com as articulações demasiado rentes ao corpo. Digno de um filme de culturismo de série B... pensando bem, quase que me fez lembrar o ginásio do Rocky I, sem os sacos de pancada, mas com a maquinaria toda. Mas também, sendo de borla, não me posso queixar muito. Já está uns pontos valentes à frente da nossa faculdade. Acabada a sessão de culturismo, em que não conseguia entender o que era preciso fazer em pelo menos metade das máquinas tive com o Aleks a jogar um bocado de voleibol.

Por volta das 6 fomos jantar, batatas fritas com salsichas. Bem bom, fiquei espantado! E seguimos para o centro, porque íamos jogar a bola com uns gregos e pessoal de BME. Chegado ao centro descobrimos que o campo era mesmo ao pé da faculdade... Coitado do Aleks que, não gosta de jogar à bola e teve comigo meia hora no transito de Patras. Assim que começamos a jogar, começou um dilúvio digno de passagens sagradas. Ténis encharcados, t-shirt a pesar uns 5 kilos, ao menos estava de calças impermeáveis que roubei a um gajo que estava aqui na casa. Perdemos, mas de certa forma humilhámos os gregos. Estava a jogar de ténis, o Aleks de facto não era grande jogador, o Milto (guarda redes) também não era lá grande coisa (sim, estou a desculpar a minha performance nos meus sapatos, mas ainda marquei uns golos). Pagámos 6 aérios, algo caro, mas ao menos tivemos direito a um mega duche de água quente, que valeu por tudo. Combinámos então uma saída para a noite.

O Milto levou-nos ao centro e fomos para casa, com o Iker, que também esteve a jogar. Aviei dois aspegic e dois ben-u-rons de prevenção. E quando voltamos para o centro, já nos tínhamos perdido da Rita e da Xana. Fomos jantar, outra vez, a um restaurante ao pe do centro. Mandámos vir uma grelhada mista com batatas fritas e umas entradas. Entretanto os gregos mandaram vir Raki e Rakomelo, que basicamente é aguardente e, aguardente com mel (servido quente). Se as drogas não tivessem feito efeito, isto fazia de certeza. Ao fim do 2º "shot" a meio da refeição (sim, parece que estes gajos bebem aguardente entre garfadas de bife) já estávamos a suar que nem cavalos. Acabámos e entretanto já devíamos ter aviado uns 11 ou 12. Gamei uma garrafinha onde servem o Raki, porque são giras e, despedimos-nos do pessoal. Fomos com dois gregos do Chipre a um bar e, como estava lá um amigo deles, tivemos direito a redução nos preços.

Lá fomos para casa, de Taxi, meio tortos...

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